Quem ri por último...
Por: Jackson Luís de Brito
Para relembrar os velhos tempos, de quando pescava com o meu pai na represa Billings (SP), resolvi pegar a velha estrada de Santos e ir de ônibus até lá com dois amigos, Jorge e Sérgio.
Combinamos o horário e o local e nos encontrarmos, cada um com sua tralha, menos o Sérgio. Ele disse que havia emprestado tudo a um amigo dele e pediu uma vara emprestada. Jorge e eu nos olhamos com um sorrisinho debochado, pois sabíamos que ele estava inventado desculpa, por não ter afinidade com o “mato”.
Começamos a pescar e, ao olhar para o Sérgio, vimos ele com a lata de minhocas na mão só olhando lá dentro. Perguntamos se ele não tinha coragem de pegá-las e ele respondeu: ”tô acostumado, é que passei um remédio nas mãos e se eu pegar as minhocas vai sair”. Mais uns olhares e risinhos e colocamos a minhoca para ele.
Daí a pouco vimos que ele segurava a vara apontando-a para o céu e com a isca somente uns dois dedos para dentro da água. Quando vi aquilo, falei: “Sérgio, assim você não vai pegar nada! Afunda o anzol!”. Com ares de entendido, ele respondeu: “tô acostumado, meu tio me ensinou a pescar assim e desse jeito é melhor porque eu vejo o peixe pegar a isca”.
Foram passando as horas e, enquanto o Jorge e eu já tínhamos pegado mais de uma dúzia, Sérgio sem fisgar nada. Foi quando, de repente, uma das bocudas agarrou no anzol dele. A bicha corria de um lado para o outro e ele, todo atrapalhado. Ao ver seu aperto, ofereci ajuda e ouvi a resposta com um certo desespero: “pode deixar, tô acostumado”.
Quando ele percebeu que ela não vinha, catou pelo meio da vara e saiu andando para trás. Nós corremos para ajudar para que não escapasse e quando a pesamos vimos que dava mais de um quilo. Foi a maior gritaria de felicidade.
Sérgio respirava como se tivesse corrido uma maratona e, com um sorriso de vingança nos lábios, nós tivemos que escutá-lo gritando: “Tá vendo, tô acostumado, tô acostumado!”.
Combinamos o horário e o local e nos encontrarmos, cada um com sua tralha, menos o Sérgio. Ele disse que havia emprestado tudo a um amigo dele e pediu uma vara emprestada. Jorge e eu nos olhamos com um sorrisinho debochado, pois sabíamos que ele estava inventado desculpa, por não ter afinidade com o “mato”.
Começamos a pescar e, ao olhar para o Sérgio, vimos ele com a lata de minhocas na mão só olhando lá dentro. Perguntamos se ele não tinha coragem de pegá-las e ele respondeu: ”tô acostumado, é que passei um remédio nas mãos e se eu pegar as minhocas vai sair”. Mais uns olhares e risinhos e colocamos a minhoca para ele.
Daí a pouco vimos que ele segurava a vara apontando-a para o céu e com a isca somente uns dois dedos para dentro da água. Quando vi aquilo, falei: “Sérgio, assim você não vai pegar nada! Afunda o anzol!”. Com ares de entendido, ele respondeu: “tô acostumado, meu tio me ensinou a pescar assim e desse jeito é melhor porque eu vejo o peixe pegar a isca”.
Foram passando as horas e, enquanto o Jorge e eu já tínhamos pegado mais de uma dúzia, Sérgio sem fisgar nada. Foi quando, de repente, uma das bocudas agarrou no anzol dele. A bicha corria de um lado para o outro e ele, todo atrapalhado. Ao ver seu aperto, ofereci ajuda e ouvi a resposta com um certo desespero: “pode deixar, tô acostumado”.
Quando ele percebeu que ela não vinha, catou pelo meio da vara e saiu andando para trás. Nós corremos para ajudar para que não escapasse e quando a pesamos vimos que dava mais de um quilo. Foi a maior gritaria de felicidade.
Sérgio respirava como se tivesse corrido uma maratona e, com um sorriso de vingança nos lábios, nós tivemos que escutá-lo gritando: “Tá vendo, tô acostumado, tô acostumado!”.
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